terça-feira, 26 de agosto de 2008

Portugal com sede de segurança

Nos últimos tempos ao ver as notícias fico bastante surpreendida com as diversas situações de violência gratuita com que somos bombardeados todos os dias pela comunicação social.
Os assaltos são feitos de forma cada vez mais engenhosa, mas ao mesmo tempo feitos de forma muito mais agressiva. Temos assaltos a bancos que acabam por fazer reféns várias pessoas e os seus funcionários, sendo necessária a intervenção de uma equipa especializada de snipers para colocar fim a esta loucura.
Cada vez é maior o número de pessoas que é alvo de carjacking e homejacking, sendo muitos os corajosos que tentam impedir o assalto, mas também podemos assistir a morte de uma idosa que foi morta para que os assaltantes satisfizessem a sua vontade, ou então um turista alemão que ao sair do comboio resiste aos assaltantes e é baleado na cabeça, os assaltos são cada vez mais feitos à mão armada e com armas cada vez mais eficazes.
Chega até nós um caso de uma carrinha de valores assaltada em plena auto-estrada com um explosivo utilizado por militares, mas que não é utilizado por militares e polícias portugueses o que é preocupante.
Os casos de violência doméstica disparam, muitos deles acabam em homicídio, ainda ontem à noite foi baleada uma mulher de 31 anos com o filho nos braços.
Quando eu era criança os meus pais não tinham problema em deixar-me brincar no jardim ao pé de minha casa onde corriam muitas crianças da minha idade, hoje me dia ouvimos falar que há um número elevado de desaparecimento de crianças, que são traficadas.
Saímos a rua e pensamos: será que estamos seguros?
Redobramos cuidados, procuramos nem chamar a atenção, mas por vezes temos medo. Quando vemos alguém que consideramos estranho, aceleramos o passo procuramos um sítio onde nos possamos sentir a salvo, normalmente a nossa casa, mas com as técnicas cada vez mais elaboradas utilizadas pelos assaltantes?
Com a facilidade com que os assaltantes têm acesso a armas, como podemos ver em diversos bairros problemáticos onde se tem dado diversos tiroteios, ou até mesmo um jovem que foi morto a tiro na sua própria casa.
Afinal o que se passa no nosso país?
Cada dia que passa ouvimos uma nova notícia marcada pela violência, em que a ideia de dinheiro fácil a ganhar por parte dos assaltantes é sedutora e em que estes não olham a meios para atingir os fins, sejam na verdade quais forem os resultados destas condutas desastrosas.
Ouvimos os portugueses pedir esclarecimentos dizendo que é da competência do Governo assegurar a segurança dos cidadãos num Estado de Direito, no entanto o que ouvimos foi o silêncio.
Esta onda de violência deve ser travada, mas a verdade é que a chamada crise económica afecta muitos dos que vivem no nosso pais, e que por necessidade seguem este caminho indevido para cuidar de si e dos seus, outros porque é um caminho mais fácil do que trabalhar 8 horas por dia e ganhar o ordenado mínimo.
Esperemos que se encontre uma solução. Afinal não se pode apenas pensar em atrair turistas para o nosso país criando condições de acessibilidade como um novo aeroporto e um comboio de alta velocidade. É preciso e é urgente investir na formação de polícias, no seu equipamento, para que possam prover a segurança dos cidadãos que circulam nas ruas.
Afinal não é isso o mais importante?
Felizmente já vieram a lume informações que já no próximo ano saíram da formação mais 2000 polícias e que foram comprados vários milhares de armas, será isso suficiente? Esperemos que sim.

1 comentário:

Anónimo disse...
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