quinta-feira, 28 de maio de 2009

Entidade Reguladora para a Comunicação Social reconhece exageros da TVI


Quem diz o que quer ouve o que não quer, já diz o ditado. Hoje a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, na figura do seu Conselho, deliberou sobre as queixas feitas acerca do comportamento da TVI, nomeadamente no Jornal Nacional de sexta-feira à noite, a cargo de Manuela Moura Guedes.
Todas as queixas versam o tratamento dado ao Governo e, sobretudo, à figura do primeiro-ministro, José Sócrates, sendo que a maioria se reporta ao processo Freeport.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social considera que a TVI desrespeitou as normas ético-legais do jornalismo misturando factos e opinião.
Os membros da entidade reguladora não foram unânimes no voto do parecer. Favoravelmente à condenação da TVI votaram José Alberto de Azeredo Lopes, Elísio Cabral de Oliveira, Maria Estrela Serrano e Rui Assis Ferreira, tendo estes dois últimos decidido apresentar uma declaração de voto. Já Luís Gonçalves da Silva votou contra, tendo também apresentado uma declaração de voto.Não é aplicada nenhuma sanção ou coima mas os membros do Conselho Regulador concluem que é seu dever “instar a TVI a cumprir de forma mais rigorosa o dever de rigor e isenção jornalísticas, aqui se incluindo, nomeadamente, o dever de demarcar ‘claramente os factos da opinião’ (artigo 14.º, n.º 1, alínea a) do Estatuto do Jornalista) ”.
Esta decisão vem apenas reflectir o que muitos portugueses pensam acerca do jornalismo que é feito no noticiário de sexta-feira à noite. Pois ninguém consegue ficar indiferente às afirmações que são feitas muitas vezes sem distinguir o que aconteceu de facto e as especulações levadas a cabo pela jornalista da TVI.
Considero que a liberdade de expressão é um dos mais importantes direitos adquiridos com a Constituição Portuguesa de 1976, mas isso não significa que esta não tenha limites, afinal não se pode prestar um serviço de informação credível se, em vez de transmitir notícias coerentes e baseadas na realidade, dar azo a uma especulação desmedida. Jornalismo sim, mas feito de forma responsável. Afinal o jornalista, a não ser que esteja num debate de opiniões, deve ser isento para prestar com o seu trabalho um serviço à comunidade que informa.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

João Salaviza ganha Prémio em Cannes para Curtas-Metragens




O jovem realizador do filme “Arena”, estudante do conservatório na área de cinema, ganhou o prémio no afamado festival de Cannes para a melhor curta-metragem.
Este foi o primeiro filme português a receber a Palma de ouro neste festival, o que deve deixar todos os portugueses muito orgulhosos e fazer com que sejam apoiados mais projectos nesta área, pois está visto que em Portugal também se pode fazer bom cinema.
Parabéns ao realizador e espero que ainda possamos ouvir falar muito dos seus trabalhos, tanto em Portugal como além fronteiras.


Presidente da República apela ao voto dos portugueses nas Europeias!

O Presidente da República fez hoje um apelo aos cidadãos portugueses para que votem no dia 7 de Junho para as eleições europeias e não decidam ir de férias nessa altura.
Além disso fez votos que a campanha fosse serena, esclarecedora e que mobilize os portugueses.
Não podia estar mais de acordo com o nosso Presidente é um dever cívico para todos os cidadãos do nosso país irem as urnas no dia da votação afinal vivemos numa democracia e devemos participar nela para poder criticar as decisões dos órgãos europeus.
A participação portuguesa na União Europeia tem as suas vantagens e por vezes desvantagens, mas ao votar estamos a colocar juntos aos decisores, as pessoas que achamos que nos vão representar melhor a cada um de nós e ao nosso país.
Espero que nestas eleições não se verifique uma elevada taxa de abstenção e que cada vez mais os portugueses exerçam os seus direitos ao participar neste sufrágio.
Afinal todos somos um bocadinhos responsáveis por aqueles que chegam ao poder uns porque votaram e possiblitaram a sua ascensão aos cargos desempenhados, outros que ao nada dizer permitiram que lá chegasse.
Por isso devemos educar os mais jovens e transmitir a mensagem aos mais velhos de que só com o exercício do direito de voto estamos a dar a nossa opinião e contributo um futuro melhor.

Dia Internacional das Crianças Desaparecidas

Hoje é o dia Internacional das Crianças Desaparecidas, uma realidade que choca a todos quando surge a notícia nos jornais e na televisão. Hoje ao ler os jornais fiz algumas descobertas sobre o tema com base nas quais vou escrever algumas palavras.
Em Portugal segundo os números revelados pelo IAC divulgados hoje o SOS Criança Desaparecida registou no ano passado 76 novos processos relativos a menores desaparecidos, a maioria referente a raparigas, estes dados revelam que o número de situações novas participadas aumentou pois no ano de 2007 foram 34, em 2006 de 31, em 2005 de 17 e em 2004 de 25, mas isto também se deve ao facto de existir uma maior divulgação do número europeu de crianças desaparecidas.
O número Europeu de Crianças Desaparecidas é: 116000.
A divulgação deste número é importante e é o motivo deste artigo, pois quanto mais pronta e abrangente for a intervenção num caso de desaparecimento de uma criança, maior será a sua eficiência de forma a trazer de volta ao lar a criança ou adolescente desaparecido.
A verdade é que dentro deste número se encontram várias situações, desde a situação mais grave do rapto por terceiros, o rapto parental e ainda a fuga de menores, qualquer uma delas bastante preocupantes.
É preciso que haja cooperação internacional para conseguirmos tanto aumentar o número de casos de sucesso em caso de rapto, assim como tentar apanhar os membros das redes internacionais de pedofilia e tráfico de crianças.
Em Portugal são investigados cerca de 2 casos de desaparecimento de crianças por dia na sua maioria por fuga de casa.
O registo mais antigo da Polícia Judiciária portuguesa data de há 17 anos um menino que desapareceu na sua aldeia e não voltou a ser encontrado. Como este existem muitos outros casos.
Afinal quem nunca ouviu falar de casos como o de Rui Pedro, um menino de 10 anos que desapareceu na Lousada, sua mãe é uma mulher de coragem que sempre lutou para reencontrar o seu filho, tendo sido o caso arquivado este ano por não haver provas e sem nunca se ter chegado ao regresso de Rui Pedro a casa.
Um dos casos mais mediáticos em Portugal foi o caso da Maddie onde se aponta para um presumível rapto.
Este dia surgiu no EUA e foi criado no ano de 1983 pelo então Presidente Ronald Reagan, isto porque o primeiro caso mediático de desaparecimento data de 25 de Maio de 1979, um dia em que um casal americano deixou o seu filho Etan Patz ir sozinho apanhar o autocarro, fazendo hoje 30 anos sobre este desaparecimento, os seus pais ainda hoje querem saber o que aconteceu, mandando todos os anos nesta data e na data do aniversário do filho um retrato deste da altura ao homem que está preso como autor deste crime com a pergunta do que aconteceu ao seu filho.
A internet hoje representa uma mais valia mas ao mesmo tempo um perigo quando utilizada por menores sem a vigilância dos pais, pois os pedófilos não olham a meios para atingir os seus fins.
A todos aqueles que passam por este drama deixo uma palavra de conforto e de esperança. E espero que o número de casos diminua e que a nossa sociedade não seja um mundo onde se tem medo do futuro, mas sim um mundo como antes onde se viam os miúdos a brincar nas ruas sem medo que um dia eles não regressem mais.

sábado, 2 de maio de 2009

Rescaldo do Primeiro de Maio

Estamos num país em que é permitida a liberdade de expressão e onde o dia primeiro de Maio surgiu como a possibilidade de um apelo dos trabalhadores à solidariedade entre si e pela luta por melhores condições de trabalho e aumentos de salariais.
Num dia em que o habitual é ouvirem-se pedidos para a diminuição do desemprego, aumento dos salários, melhores condições de trabalho e trabalho para a juventude, temas que marcam fortemente a nossa actualidade devido à crise que se faz sentir e às dificuldades que as famílias portuguesas estão a enfrentar. Até os reformados foram chamados a esta luta, afinal é muito difícil sobreviver com 300 euros de pensão de reforma e até mesmo com um salário mínimo. No entanto este dia que costuma ser de luta e de marchas por uma vida melhor, ficou principalmente marcada pela atitude de alguns portugueses que revoltados com a sua vida agrediram o cabeça de lista do PS para as europeias Vital Moreira, o que num país democrático é bastante lamentável, além disso fizeram que em vez de ser a sua luta a abrir os noticiários, fosse a notícia da agressão. Esta passagem para segundo plano não favorece em nada a luta pela sua causa.
É facto que um membro do partido socialista estar presente numa manifestação como esta desde logo causa alguma polémica devido ao descontentamento que se faz sentir em relação às políticas do Governo, mas a falar em que as pessoas se entendem, não podemos cada vez que não concordamos com algo partir para uma luta corpo a corpo onde é que isso nos levaria?
Não podemos no entanto deixar empolar a situação como foi feito com os diversos partidos políticos que tentaram qualificar este incidente como um ataque directo ao partido, anda tudo a puxar a brasa à sua sardinha.
Além disso tivemos conhecimento através das notícias que os líderes da CGTP e UGT não conseguem entender-se para comemorar este dia juntos e lutar pelas mesmas causas nunca ouviram dizer que a união faz a força? O que interessa se um ou outro concorda com determinada legislação? A meta final é a mesma pelo menos num dia como este em que tanto se fala em solidariedade, “mais e melhor trabalho”.
Considero que este feriado do primeiro de Maio não ficou defendido da melhor maneira pelos trabalhadores portugueses, pelo menos não pelos que tiveram uma atitude reveladora de falta de tolerância, mas acho que a luta que é feita diariamente por vários trabalhadores é reveladora que os portugueses não estão dispostos a baixar os braços e que querem lutar por uma vida melhor. Espero que essa mensagem passe acima de tudo o resto.