sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Cimeira Ibérica


Teve lugar em Zamora, a cimeira anual que ocorre de forma a possibilitar a entreajuda entre Portugal e Espanha, tendo esta contado com os chefes de governo dos dois países e 24 ministros.
A cidade de Zamora foi palco a nível histórico da assinatura do tratado de paz entre D. Afonso Henriques e Afonso VII de Leão e Castela, no ano de 1143, momento em que se assinalou a independência de Portugal, surgindo assim um novo reino.
O 24.º encontro Ibérico teve como tema dominante da agenda a crise económica, alémde outros temas tais como a cooperação a nível de saúde entre os dois países, o aproveitamento energético e o TGV.
A crise económica é um tema central da actualidade e todos os países tentam minimizar as suas consequências, assim Portugal e Espanha tentam encontrar um caminho para a estabilização das suas economias.
No que respeita à cooperação a nível da saúde, terá ficado acordado que os habitantes das terras fronteiriças poderão aceder aos serviços médicos quer portugueses, quer espanhóis, de forma a facilitar o acesso aos cuidados médicos da população.
Quanto ao TGV prevê-se que as ligações entre Lisboa-Madrid e Porto-Vigo se encontrem terminada em 2013, Sócrates afirma que quer que esta linha já esteja a funcionar para bem da próxima geração e para que Portugal não seja um país cada vez mais periférico.
No nosso país os partidos da oposição afirmam a desnecessidade e o mau momento para este investimento.
A nível de energias o debate foi acerca da utilização de energias renováveis, e do estabelecimento do Centro Ibérico de Energias Renováveis de Badajoz, com a presidência deste organismo a ser atribuída a um português, bem como a criação de um mercado Ibérico de electricidade prevendo-se que esteja a funcionar já em 2009. O ambiente foi também uma preocupação desta cimeira, tendo sido acoradada a assinatura de um protocolo sobre a qualidade do ar na Península Ibérica, bem como um acordo para a criação do Parque Internacional do Tejo.
Quando apareceu perante os jornalistas Sócrates falou não apenas da Cimeira. O Primeiro Ministro pediu que a justiça portuguesa actuasse o mais rapidamente possível no caso Freeport, as investigações ocorreram hoje tendo como alvos o tio de José Sócrates, Júlio Eduardo Coelho Monteiro, em cujo domicílio e empresa foram apreendidos documentos, a sede da sociedade de advogados Vieira de Almeida e o gabinete de arquitectura Capinha e Lopes, que concebeu o Freeport de Alcochete, tendo também referido que este escândalo rebentara anteriormente em 2005 na altura da campanha eleitoral de Sócrates e que agora em 2009 novamente perto das eleições veio a lume.
Fazemos votos para que esta investigação seja feita o mais rápido possível e que sejam apuradas todas as responsabilidades.Além disso esperemos que esta Cimeira Ibérica produza os efeitos desejados a nível de equilíbrio da economia e que as medidas acordadas produzam os efeitos positivos esperados.

Sem comentários: