José Sócrates, a entrevista!

Ontem ao assistir ao telejornal fiquei a saber que o nosso Primeiro-ministro iria dar uma entrevista, o que na minha opinião é sempre bastante interessante, pois o objectivo desta era esclarecer os portugueses acerca da crise que o país atravessa e acerca do caso Freeport, questões que todos os dias ouvimos falar ao ligar a televisão ou através da leitura dos jornais. Afinal tivemos aqui a televisão pública a prestar serviço público.
O nervosismo do nosso Primeiro-Ministro era evidente à entrada dos estúdios e durante a entrevista, apesar de já estar habituado a falar para o país e para os jornalistas.
Verdade seja dita que a crise é mundial e que não poderíamos esperar que não afectasse Portugal especialmente com os problemas que já existiam a nível de défice.
Mas além disso quanto à crise ouvimos que tem havido progressos, apesar da sua tenra idade de 3 meses, o plano anti-crise já está a produzir efeitos, acredito que não visíveis à maioria dos portugueses.
Afinal os jornais estão inundados de notícias de fábricas que suspendem os contratos dos trabalhadores para tentar recuperar, outras que já nada há a fazer e entram em processo de insolvência. Mas há um lado positivo pelo menos na indústria automóvel o período de suspensão será um período de formação de 3400 trabalhadores.
No entanto o nosso Primeiro-Ministro revelou que haverá um alargamento do subsídio social de desemprego a mais 15 mil pessoas, que foram empregadas em Instituições Particulares de Solidariedade Social 12 mil pessoas, que 9 mil jovens foram empregados por tempo indeterminado graças ao incentivo do Estado de pagar 2500€ ao empregador e beneficiá-lo de uma isenção de 2 anos de pagamento à segurança social e 134 mil trabalhadores beneficiaram da redução em três pontos percentuais da Taxa Social Única. Esperemos que esse esforço continue.
Quanto ao caso Freeport revelou que já tomou as medidas judiciais necessárias para que os responsáveis pelas injúrias reveladas a seu respeito sejam responsabilizados. Considerando que lhe está a ser feita uma perseguição, especialmente com as referências feitas à TVI.

Sócrates reafirmou a sua confiança na relação de cooperação que existe entre o Primeiro Ministro e o Presidente da República, considerando que têm sido feitas interpretações pouco correctas das suas palavras, apesar de existirem diferenças a nível de ideias políticas. Para além disso afirmou que o Presidente da República não iria deixar instrumentalizar-se nesta campanha contra a sua pessoa.
Podemos concluir que José Sócrates jogou inteligentemente pelo seguro. Aguardemos por mais desenvolvimentos.